A Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) anunciou há alguns dias atrás que utilizará o método de bombardeamento ou semeadura de nuvens com o intuito de “produzir” chuvas que abasteçam os reservatórios do Sistema Cantareira, que estão muito abaixo do nível necessário à manutenção do abastecimento da cidade de São Paulo e região metropolitana.
Também conhecida como pulverização de nuvens, essa técnica consiste em lançar no céu alguma substância que facilite a formação de gotas de chuva. O componente mais usado é o cloreto de sódio, o popular sal de cozinha. Em contato com o vapor dágua da nuvem, as partículas de sal atraem minúsculas gotinhas, iniciando a criação dos pingos de chuva. Parece um método infalível, mas, na verdade, o bombardeamento é bastante polêmico. “Esse artifício só faz chover em nuvens que já tenham vapor dágua em quantidade suficiente. Isso quer dizer que ele não produz chuva. No máximo, pode acelerar uma”, afirma o meteorologista Augusto José Pereira Filho, da Universidade de São Paulo (USP). Até hoje, ninguém conseguiu provar a eficácia do método.