Mundo Geográfico

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Chineses criam painel solar que gera energia a partir da chuva também

Léo Miranda

7 de novembro de 2016

A placa é capaz de aproveitar os raios do sol e os pingos de chuva, tornando-se eficiente em qualquer condição.

Selective focus macro detail of dew or rain drops on solar panel texture in the morning.
Selective focus macro detail of dew or rain drops on solar panel texture in the morning.

A energia solar é uma das grandes soluções e apostas globais para a produção de eletricidade com baixo impacto ambiental, seja em larga ou em pequena escala. No entanto, ela ainda enfrenta alguns entraves. O mais comum é a baixa produção em dias nublados ou chuvosos, mas, uma tecnologia pode mudar este cenário.

Um grupo de cientistas chineses, liderados por Qunweu Tang, Xiaopeng Wang, Peishi Yang e Benlin He, desenvolveu uma placa fotovoltaica que é capaz de produzir energia a partir dos raios solares e também pelas gotas de chuva, sendo eficiente independente das condições climáticas.

O sistema funciona graças a uma camada de grafeno incorporada à superfície das placas. O material é usado para revestir as células solares, mas também é um excelente condutor de eletricidade. Segundo o material publicado pelos cientistas, tudo o que é preciso para criar a tecnologia é uma mera camada de grafeno de um átomo de espessura, para que uma quantidade enorme de elétrons possa se mover pela superfície.

Quando a água está presente neste processo, o grafeno liga seus elétrons com íons carregados positivamente, o que é conhecido entre os cientistas como interação ácido-base de Lewis.

O sal contido na chuva se separa em íons, tornando grafeno e água uma ótima combinação para a produção de energia. A água realmente adere ao grafeno, formando uma camada dupla com os elétrons de grafeno. A diferença entre as camadas é tão forte, que gera energia.

Estas células solares podem ser estimuladas pela luz incidente em dias ensolarados e por pingos de chuva nos dias chuvosos, atingindo uma eficiência de conversão de energia ideal de 6,53% sob 1,5 de espessura de radiação, junto a uma tensão de centenas de mV por pingos de chuvas.

Clique aqui para acessar o estudo completo.

Crédito: Redação CicloVivo