Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz chegaram à conclusão após testes com 160 mosquitos. Os cientistas notaram que nenhum mosquito com o micro-organismo se infectou com zika. Já 85% dos que receberam saliva de Aedes sem a bactéria foram contaminados.
Uma bactéria presente em 60% das espécies de insetos reduz fortemente a capacidade do mosquito ‘Aedes aegypti’ de transmitir o vírus zika, o que poderia ajudar a combater a epidemia, afirmaram nesta quarta-feira pesquisadores brasileiros.
Os cientistas da Fundação Oswaldo Cruz inseriram a bactéria Wolbachia em ovos de “Aedes aegypti”, no âmbito do programa de eliminação da dengue, segundo o estudo, publicado na revista científica americana Cell Host and Microbe.A bactéria não só encurtou a vida desses mosquitos, como era esperado, mas também reduziu a multiplicação do vírus da dengue, da zika e da chicungunha. Esses três vírus pertencem à mesma família e são transmitidos pelo “Aedes aegypti”.
Os pesquisadores constataram que as fêmeas do mosquito transmitem essa bactéria à sua prole, o que as converte em um agente durável de controle deste principal vetor de infecções, afirmou Luciano Moreira, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz.
Tratam-se dos primeiros resultados deste estudo sobre o vírus da zika.
“A ideia é disseminar na natureza mosquitos Aedes portadores da bactéria Wolbachia durante um período de alguns meses para que copulem com outros mosquitos e lhes transmitam este agente patogênico, substituindo finalmente todas as populações desses insetos”, disse Moreira.
A bactéria Wolbachia foi identificada como meio de luta contra as infecções transmitidas por mosquitos em 2005.
Fontes das informações: CBN e DC