Crianças e adultos do mundo todo adoram olhar para as estrelas em busca de agrupamentos que um dia foram observados ou mesmo criar o seu próprio. Essas mesmas coleções que promovem a alegria das pessoas provavelmente originou-se como instrumentos para ajudar os povos antigos a marcarem as épocas do ano. Hoje, essas constelações de estrelas permaneceram e são usadas como ferramentas de observação dos astrônomos modernos.
História das Constelações
As estrelas se movem pelo céu em uma rota regular, semelhante ao Sol. Em várias épocas do ano, diferentes constelações aparecem ao pôr-do-sol; elas giram com base na órbita da Terra através do espaço, e por isso podem ser usadas para marcar as diferentes estações; – em regiões de clima moderado, a mudança entre o inverno e a primavera não são bem sentidas, e usar as constelações como método de detecção de passagem entre uma estação e outra pode ser uma ótima ideia.
A maioria das constelações que conhecemos hoje possui nomes gregos e romanos, mas as pessoas realmente mapearem o céu muito antes da ascensão destas civilizações. Os gregos adotaram seu sistema dos antigos babilônios, cujas origens, por sua vez, podem ter se originado a partir de tradições sumérias três mil anos antes. Ainda mais ‘pra trás’, os cientistas suspeitam que marcações encontradas nas paredes da caverna Lascaux, sul da França, – criados há 17 mil anos atrás – são traçados dos aglomerados de estrelas Plêiades e Hyades, tornando-se o primeiro mapa estelar conhecido.
Em 1929, a União Astronômica Internacional (UAI), definiu oficialmente 88 constelações em toda a extensão do céu, cada qual possuindo com uma porção delimitada de espaço composta de estrelas. A formalização desses limites permitiu aos astrônomos comunicarem-se de forma efetiva à respeito das regiões do céu na qual estudam.
As constelações oficiais são de fato fatias retangulares imaginárias do céu que fixam as estrelas conforme o espaço inserido. Incluem-se os agrupamentos individuais. Por exemplo, a constelação de Ursa contém todas as estrelas em volta da estrela com o mesmo nome.
Contudo, vários agrupamentos que muitas pessoas consideram ser constelações, oficialmente não são. A região Big Dipper, composta de sete estrelas, não é reconhecida como uma constelação, estando inserida por completo dentro da Ursa Maior. Trata-se de um asterismo, um grupo de estrelas não designadas oficialmente, mas (bem) conhecidas por diversos astrônomos e não-astrônomos entusiastas.
Nomes das Constelações: Qual o Signo do seu Zodíaco?
O Sol, a Lua e os planetas viajam em um trajeto pelo céu conhecido “a eclíptica” (projeção sobre a esfera celeste da trajetória aparente do Sol observada a partir da Terra) conforme a Terra gira. A lista de 13 constelações que passam por ela são conhecidas como as estrelas do Zodíaco.
• Capricórnio;
• Aquário;
• Peixes;
• Áries;
• Touro;
• Gêmeos;
• Câncer;
• Leão;
• Virgem;
• Libra;
• Escorpião;
• Ofiúco;
• Sagitário.
Os astrólogos usam 12 dessas constelações como signos do Zodíaco, omitindo Ofiúco, para fazer previsões. [Ao contrário da Astronomia, a Astrologia não é uma ciência] Sinais diferem das constelações, tendo apenas uma referência solta amarrando-os uns aos outros.
Quão Longe de Nós Estão as Constelações?
As constelações parecem tomar forma de seres ou objetos no céu, mas as estrelas propriamente ditas não compõem quaisquer padrões no espaço. A distância do nosso mundo para as estrelas individuais de uma constelação variam de algumas dezenas à milhares de anos-luz, e a distância entre uma estrela e outra que forma a constelação também é enorme, tão longínquas umas das outras quanto estão da Terra – espalhadas aleatoriamente pela galáxia.
As imagens que vemos à noite são formadas por causa das apenas duas dimensões observadas pelo olho nu, faltando a profundidade (terceira dimensão) para compreendermos melhor o que estamos enxergando. Uma espécie de ilusão.
Ainda assim, as constelações nos proporcionam divertimento e nos incentiva a imaginar. Elas podem ajudar os perdidos à encontrarem seu caminho. Elas auxiliam os observatórios do céu na busca por planetas, cometas e eventos cósmicos raros. E bem como proveu aos antigos, podem provocar-nos uma forte sensação de deslumbramento intemporal.
Gabriel Pietro para o portal Mistérios do Universo