O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, segunda-feira, a expectativa de vida ou esperança de vida ao nascer, que está relacionada ao número médio de anos que se espera que uma pessoa viva ao nascer. De acordo com os dados, a população brasileira viveu, em média, 74,9 anos (74 anos, 10 meses e 20 dias) no ano de 2013, um aumento de três meses e vinte e cinco dias em relação aos dados do ano de 2012.
Na prática, o aumento da expectativa de vida do brasileiro reflete uma melhora nas condições gerais de vida. No entanto, a cada ano, à medida que o tempo médio de vida aumenta, ocorre também uma mudança no chamado “fator previdenciário”, cálculo feito para fins de aposentadoria.
O fator previdenciário foi criado em 1999 (Lei Nº 9.876), ele é utilizado para calcular o valor do benefício da pessoa que está se aposentando. Funciona como um “corretor” do valor da aposentadoria, equiparando o tempo de contribuição com o tempo de trabalho. Se uma pessoa atingiu o tempo mínimo de contribuição para se aposentar (162 meses ou 13 anos), mas ainda é jovem, com 50 anos, por exemplo, o valor do pago pelo INSS será mais baixo do que uma pessoa (trabalhador homem e urbano, por exemplo) que tem 65 anos e o mesmo tempo de contribuição irá receber.
Quanto mais tempo vivemos, mais teremos que trabalhar para nos aposentar para não termos reduções no benefício social. Como a expectativa de vida é calculada todos os anos pelo IBGE, o fator previdenciário também é corrigido anualmente.
Léo Miranda