No último dia 19 de abril o mar Mediterrâneo foi palco de mais uma tragédia envolvendo migrantes que partiram do Norte da África rumo a ilha de Malta, Lampedusa e Scilia, essas duas últimas territórios italianos.
Embarcações em condições péssimas de navegabilidade, em sua maioria, usadas por pescadores na costa norte e oeste africana, cruzam o Mediterrâneo quase todos os dias transportando migrantes clandestinos rumo a uma Europa idealizada como a única saída de uma vida repleta de dificuldades, principalmente econômicas.
Nos últimos tempos (após 2010, principalmente), os naufrágios se multiplicaram em virtude, principalmente, da precariedade das embarcações, que na maioria das vezes transportam pessoas muito além da capacidade.
As autoridades europeias tem se atido ao fornecimento de ajuda pós tragédias, enquanto há uma pressão muito forte interna (por parte da população e partidos ultranacionalistas) contrária ao fornecimento de asilo aos que chegam ao velho continente.
Entre os países de origem estão o Senegal, Mali, Etiópia, Eritreia, Somália, todos localizados na África Subsaariana, palco de conflitos armados, e que assistem o crescimento dos movimentos extremistas islâmicos como o “Boko Haram”. Da África Setentrional (Norte), Líbios fogem do caos que assola o país (ex colônia italiana) após a queda do ditador Muamar Kadafi .
No contexto das migrações africanas, é preciso diferenciar dois grupos: os imigrantes e os refugiados. Os primeiros, escolheram migrar, e por isso fazem parte das migrações voluntárias. Já o segundo grupo (refugiados), não tiveram opção, migraram em virtude de contextos de guerras, crescimento de movimentos extremistas islâmicos, como o Boko Haram e o Estado Islâmico. No final das contas, os dois grupos acabam se encontram e misturam-se em viagens rumo a incerteza.
No mais é isso, galera! Em breve novos post sobre migrações!
Forte abraço,
Léo!