Enquanto os demais jornais permanecem em dúvida, a Agência Reuters, ao que parece, dá como confirmada a tomada do poder pelos militares turcos:
“As Forças Armadas da Turquia disseram nesta sexta-feira que tomaram o poder no país para proteger a ordem democrática e manter os direitos humanos.
Em um comunicado enviado por e-mail e divulgado por canais de televisão turcos, os militares afirmaram que todas as relações externas existentes da Turquia serão mantidas e que o Estado de direito permanecerá como prioridade.
O primeiro-ministro da Turquia havia dito anteriormente que um grupo dentro do Exército havia tentado tomar o poder, mas que fora rechaçado e que seria errado chamar o fato de golpe.”
Essa história do “seria errado chamar de golpe” nós já andamos ouvindo.
Os militares turcos, até hoje, sempre foram uma força contrária ao fundamentalismo islâmico, inspirada no primeiro presidente do país após o fim do sultanato, Mustafá Kemal.
Ainda são poucas e confusas as notícias.
De um brasileiro que vive em Ancara, recolho, no Facebook, estas observações:
Eu ouvi os caças estrondando pelos céus de Ankara, e acabei de telefonar para funcionário da Embaixada, um turco ex-militar que me confirmou que esta em curso tentativa de golpe militar e que haveriam inclusive combates entre as forças legalistas e os rebeldes. Disse-me que a coisa tá feia e me recomendou não sair de casa. Aqui é meia noite e acredito que os combates entrarão pela madrugada.
De imediato, já se um imenso complicador não só no conflito sírio – onde a Turquia estava comprometida em derrubar Assad – e nas já intrincadas relações com a União Europeia, onde a Turquia – que tem um pedaço de seu território na Europa – pede entrada desde o início dos anos 200 e que encontra forte oposição da Alemanha e da França.
E da direita, que a sabe parte e porta da imigração para a Europa.
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